A Floresta Amazônica cobre uma área de 7 milhões de km2 e é a maior floresta tropical da Terra, estendendo-se por nove países: Brasil, Colômbia, Peru, Venezuela, Equador, Bolívia, Guiana, Suriname e Guiana Francesa.15 Cerca de 60% da Floresta Amazônica está no Brasil e os outros 40% pertencem a países já mencionados. A Floresta Amazônica tem uma biodiversidade extremamente elevada e muitas espécies ainda não foram descritas. As estimativas do número de espécies vegetais e animais variam muito. Segundo uma recente publicação do Fundo Mundial para a Natureza, a Floresta Amazônica contém cerca de 40 mil espécies vegetais, 427 espécies de mamíferos, 1294 espécies de aves, 378 espécies de répteis, 427 espécies de anfíbios e 3000 espécies de peixes. Estes são números mínimos, pois novas espécies estão sendo descobertas continuamente.
A Floresta Amazônica é caracterizada por altos níveis de precipitação. Como resultado, a paisagem é verde durante todo o ano. A Floresta Amazônica pode ser subdividida em diferentes tipos de vegetação. A maior parte consiste em florestas de terra firme ou “terra seca”. Este tipo de Floresta Amazônica que ainda não é perturbada pelo homem é dominada por árvores, que podem crescer até 50 m de altura, e devido à falta de luz, a vegetação do solo da floresta é aberta e acessível. Além da terra firme, a região amazônica possui dois tipos de floresta que são inundadas sazonalmente: a floresta de igapó e a floresta de várzea. A floresta do igapó é composta por espécies vegetais que crescem ao longo dos rios de águas negras que possuem altas concentrações de ácido húmico, que determinam um tipo específico de vegetação ao seu redor. A floresta de várzea cresce ao longo dos rios de águas brancas que carregam sedimentos férteis da Cordilheira dos Andes vulcânicos, e tem a maior concentração de diversidade de espécies da Amazônia.
O desmatamento é a ameaça mais importante para a Floresta Amazônica. A maior parte do desmatamento ocorre de forma ilegal e o governo brasileiro tem enormes dificuldades para implementar o estado da lei na bacia amazônica, devido às grandes distâncias a serem percorridas. As dificuldades em proteger a Floresta Amazônica do desmatamento causam uma perda irreversível de informações químicas e biológicas valiosas, fundamentais para o conhecimento deste patrimônio silvestre e, portanto, para sua conservação e uso sustentável. Por exemplo, a diversidade química das espécies vegetais desta região constitui uma poderosa fonte de compostos biológicos úteis para o desenvolvimento de novos medicamentos.
A Floresta Amazônica é reconhecida mundialmente como uma das maiores e mais ricas florestas tropicais em termos de área e biodiversidade. É também conhecida como uma infinidade de córregos e rios que convergem para formar o Rio Amazonas, o maior rio do mundo em termos de descarga de água. Ele cobre quase 25% da América do Sul e se estende por nove países com cerca de 7,5 milhões de km2, com mais de 70% das espécies da floresta tropical e um terço do germoplasma mundial restrito a este bioma. É considerada uma das últimas extensões contínuas de florestas tropicais úmidas da Terra. Em geral, o clima é caracterizado por temperaturas quentes (variando de 24 a 27°C o ano todo), alta pluviosidade (cerca de 3200 mm/ano) e alta umidade relativa (de 80% a 94%, ao longo do ano), sendo classificado como um bioma equatorial úmido e semi-quente.
O fator diferenciador mais conspícuo neste bioma é a diversidade de paisagens moduladas pela disponibilidade de água, sendo categorizadas como floresta de terra firme, pantanosa e estacional ao longo dos cursos d’água nas planícies de inundação. Essa variação na disponibilidade de água contribui para o surgimento de ambientes extremos e a identificação dessas zonas pode revelar aspectos até então despercebidos dos processos evolutivos. Algumas áreas amazônicas têm apresentado solos com alta concentração de alumínio (145 mmol/kg), ferro ferroso, baixa fertilidade química e propriedades físicas desfavoráveis. Essas formas metálicas reduzidas tornam-se disponíveis no solo à medida que o pH cai abaixo de 5, transformando-os em ambientes ácidos com predominância dos tipos de solo podzólico e acrisol, respectivamente. Estes solos ocorrem principalmente ao longo do Rio Negro (Rio Negro) e da Bacia Amazônica Superior Norte, circundando a microrregião de Barcelos (mesorregião do Rio Negro, Amazônia-AM) e Tapauá (microrregião de Caracaraí, Rondônia-RO).
Outros fatores importantes são os níveis surpreendentemente altos de radiação UV e as altas temperaturas que os micro-organismos colonizadores das superfícies foliares das plantas têm que enfrentar. A região do município de Conceição do Araguaia, na zona oeste do estado do Pará, foi registrada com os maiores níveis de radiação UV do Brasil, com valores extremos de ca. 6,5 kW h/m2, aliados à baixa precipitação entre junho e agosto (abaixo de 20 mm). Elementos adicionais a serem considerados são a exacerbação da taxa de desmatamento, combinada com a progressão das épocas de incêndio. Esses fatores contribuíram para o surgimento de áreas em processo de desertificação, ocorrendo em torno das cidades de Rio Branco (capital do Acre-AC), Rondônia (RO), Pará (PA) e Mato Grosso (MT).
A biodiversidade é pensada principalmente em termos de animais e plantas, mas as condições ambientais, tais como altas temperaturas, umidade, radiação solar e precipitação, permitem que a diversidade microbiológica floresça. Entre elas, o filo Cianobactérias é notável por sua simplicidade nutricional e metabolismo fototrófico, bem como pela possível existência de mecanismos fisiológicos e morfológicos que permitem o seu acoplamento com a alta radiação solar do Equador ao longo do ano. Entretanto, estudos explorando a diversidade de cianobactérias na Floresta Amazônica são escassos e a maioria deles foi realizada com base apenas em observações microscópicas de amostras ambientais, resultando em fotos, desenhos e listas de espécies/morfótipos observados de locais específicos. Considerando estudos que tratam do isolamento e cultivo, foi demonstrado que alguns rios amazônicos suportam uma considerável diversidade de cianobactérias homócitas, com a possibilidade de descoberta de novas espécies. Áreas sob alta incidência de UV poderiam ser potencialmente exploradas para novas espécies de cianobactérias capazes de produzir moléculas de pigmento como a scytonemin que podem ser utilizadas em fotoproteção e pesquisa biomédica.
A abordagem polifásica tem sido aplicada para a caracterização de cianobactérias isoladas em poucos estudos, enquanto metodologias independentes da cultura têm sido ainda menos utilizadas. A abordagem polifásica foi primeiramente orientada para o exame de cepas filamentosas heterocitárias fixadoras de nitrogênio cianobactérias e só recentemente, as formas filamentosas homocíticas também foram investigadas. Da mesma forma, algumas cepas de cianobactérias isoladas de vários habitats amazônicos tiveram seu genoma inteiro sequenciado, como Cyanobium, Synechococcus, Nostoc e Microcystis. Entretanto, estas cianobactérias cultivadas e a informação genética recuperada de seus genomas não foram investigadas in vitro nem in silico, o que poderia ter descoberto os mecanismos envolvidos na adaptação deste grupo de micro-organismos à alta radiação solar e outras condições extremas.
Entre os estudos nos quais foram amostradas cepas de cianobactérias, cepas heterocitárias foram isoladas de 14 locais ao longo da corrente dominante dos rios Solimões e Amazonas. Estas cepas foram morfologicamente identificadas como pertencentes aos gêneros Nostoc, Cylindrospermum e Fischerella. Entretanto, considerando a filogenia do gene 16S rRNA, estes morfotipos não corresponderam à linhagem filogenética típica de seu respectivo gênero, indicando o surgimento de novas linhagens filogenéticas remontando morfotipos bem conhecidos. Por outro lado, as linhagens homocitárias recentemente identificadas pela morfologia como pertencentes aos gêneros Pseudanabaena, Leptolyngbya, Planktothrix e Phormidium tiveram suas sequências de 16S rRNA agrupadas com forte apoio nos clusters filogenéticos típicos dos gêneros acima mencionados, mostrando uma congruência mais robusta entre os dados morfológicos e moleculares. Apesar disso, no mesmo estudo, algumas cepas morfologicamente identificadas como membros dos gêneros Leptolyngbya e Phormidium estavam, de fato, relacionadas com os aglomerados filogenéticos dos gêneros Pantanalinema, Alcalinema e Cephalothrix, recentemente descritos, respectivamente. Estes resultados demonstraram que os rios Amazonas e Solimões possuem uma diversidade culta de cianobactérias semelhante àquelas já registradas de outros ambientes aquáticos ao redor do mundo ou no Brasil.
Além disso, uma nova cepa de cianobactérias isolada do rio Solimões (Rio Solimões) foi recentemente descrita com base em uma abordagem polifásica como uma nova espécie, Cronbergia amazonensis. Além da descrição desta nova espécie, este trabalho também destacou a existência de três sequências do gene 16S rRNA chamado Cronbergia siamensis SAG 11,82 (espécie tipo e seqüência de referência para o gênero Cronbergia), que se enquadram em duas linhagens filogenéticas distintas, uma agrupada com o típico Cylindrospermum cluster e outra agrupada com a nova sequência amazônica. Em conclusão, esta investigação tem apoiado o gênero Cronbergia como um gênero válido e estável de cianobactérias e forneceu grandes insights no dilema Cronbergia.
A melhor maneira de vivenciar a Floresta Amazônica e seus enormes rios é de barco. Guias treinados podem ser contratados (garantir que você seja encaminhado a um guia respeitável) tanto para viajantes individuais como para grupos maiores. Estes permitirão que você navegue ao longo das águas profundas, e espie na densa floresta tropical. Muitas das aldeias nativas foram construídas nas margens do Rio Amazonas, dando aos viajantes a oportunidade de vislumbrar suas vidas e comunidades, sem infringir a sua privacidade. Estes passeios podem durar um dia, ou podem ser embalados para abranger vários dias para uma exploração mais detalhada da área.
O turismo tem certos efeitos negativos em qualquer destino, mas também é benéfico para as comunidades locais da Amazônia. Ele gera uma renda e diminui a necessidade que eles podem sentir de contrabandear animais valiosos (e ameaçados ou em perigo de extinção) para outras partes do mundo, pelo ganho financeiro que eles estão na fila para ganhar. Também conscientiza sobre a importância de preservar as magníficas espécies que podem ser descobertas dentro da exuberante folhagem da selva.
Por mais de uma década, o Brasil lutou com sucesso contra o desmatamento na Amazônia. Mas isso não durou muito, pois em 2019 dezenas de milhares de incêndios provocados pelo homem assolaram a floresta tropical. O desmatamento lá chegou a 11 anos de altura. Desde que o presidente de extrema-direita Jair Bolsonaro foi eleito, em outubro de 2018, a Amazônia foi novamente colocada em risco. O novo presidente enfraqueceu as proteções ambientais e incentivou pecuaristas, madeireiros e agricultores a expandirem seus negócios, limpando novas terras na Amazônia. Hoje, a Amazônia está entrando numa nova e perigosa fase de desmatamento. Nesta série de vídeos, saiba porque a Amazônia está em perigo novamente e conheça as pessoas que lideraram a luta para salvá-la.
Nos anos 2000, o Brasil fez um plano para proteger a Amazônia de ser destruída, e funcionou. Mas então esse plano desmoronou. E hoje, a Amazônia está sendo queimada novamente. Então, o que está impulsionando o desmatamento hoje? E por que o plano falhou?
Nos anos 70, o desmatamento na floresta amazônica decolou. Quando o mundo soube disso e a luta para proteger a Amazônia se tornou global, foi em grande parte por causa de um homem que bateu nas seringueiras. Chico Mendes era um dos muitos seringueiros que viviam na floresta tropical de forma sustentável, e seu movimento de protesto começou como uma campanha para proteger as seringueiras e seus companheiros seringueiros. Mas se transformou na primeira grande luta para salvar a própria Amazônia.
Os povos indígenas do Brasil são perseguidos há séculos. Mas nos anos 80, eles finalmente conseguiram proteções que garantiam seus direitos, e seus lares, na Amazônia. Hoje, isso está sendo colocado em risco por uma indústria agrícola que busca se expandir para terras indígenas, e um presidente que não está disposto a detê-los.